Caterpillar está recuperando áreas de Mata Atlântica em seu terreno
Sustentabilidade foi elevada recentemente a valor corporativo. É o “poder da longevidade”. Mas é claro que não é de hoje que a Caterpillar conduz suas operações levando em conta os impactos ambientais. Por todos os lados, os funcionários se deparam com medidas de proteção, sejam elas as “travas” nas torneiras para evitar o consumo de água em excesso, as lixeiras específicas para reciclagem, as técnicas que inibem contaminações. Mas uma delas tem sido feita longe dos olhos da grande maioria. É o Plano de Manejo Florestal, que está recuperando a Mata Atlântica do terreno da empresa.
Liderado pela área de Meio Ambiente da Unidade de Piracicaba, o plano consiste na restauração da vegetação nativa das Áreas de Preservação Permanente, as APPs, ao redor dos lagos e dos córregos que estão dentro da propriedade. Toda a vegetação, incluindo árvores, plantas e mato, que não pertença à biodiversidade da Mata
Atlântica, está sendo removida, seguida do reflorestamento com espécies nativas. Todo o plano segue as exigências da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e é acompanhado pelas autoridades e conduzido por empresas especializadas.
O interessante disso tudo é que a Caterpillar nunca interferiu em suas áreas de preservação. A alteração do cenário ocorreu ao longo de décadas com o aparecimento de espécies vegetais invasoras, que não pertencem à flora brasileira, a exemplo das Leucenas, árvores naturais da América Central e consideradas pragas, que competem com as plantas locais pela sobrevivência e se espalham rapidamente devido à capacidade de adaptação. Alguns especialistas desconfiam que essas espécies surgiram de pesquisas realizadas na Esalq e por algum motivo se espalharam pela região. “A missão do nosso Plano de Manejo Florestal é trazer de volta as áreas de preservação ao estado original”, explica o engenheiro ambiental da Caterpillar, Hugo Aguiar. Não é algo simples a fazer. “Cada etapa do plano é dividida em três fases: limpeza do terreno, preparação e adubagem do solo e, finalmente, o plantio de árvores nativas”, explica o engenheiro. Os trabalhos começaram no primeiro semestre do ano e uma parte do terreno já recebeu novas mudas de árvores.
A estimativa é que serão necessários sete anos para recuperar todas as áreas, afinal são mais de 200 mil metros quadrados de APP no terreno da empresa. “Mesmo depois de concluído o trabalho, continuaremos monitorando as áreas para mantê-las livres das invasoras”, conta o supervisor Laudelino Cavenaghi Jr., da área de Ergonomia, Higiene e Saúde da Caterpillar, responsável pelo plano. Afinal, como dissemos no início desta matéria, sustentabilidade para a Caterpillar é o poder da longevidade.