À medida que as habilidades digitais se tornam mais essenciais para o mercado de trabalho, muitos alunos correm o risco de serem deixados para trás. Mas um programa inovador, o STEM Maker Lab (STEM é a sigla em inglês usada para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) da Associação Feminina de Estudos Sociais E Universitários (AFESU), tem a missão de capacitar estudantes de baixa renda no Brasil, equipando-as com as ferramentas necessárias para prosperar.
A Fundação Caterpillar compartilha essa missão e está comprometida em apoiar o desenvolvimento da força de trabalho e equipar as alunas com as habilidades necessárias em um mercado de trabalho cada vez mais focado em STEM em todo o mundo. Um investimento recente com foco em tecnologia – o "T" em STEM – tem por objetivo fornecer à força de trabalho do futuro habilidades digitais fundamentais. Em parceria com a AFESU, a Fundação está apoiando o Stem Maker's Lab (laboratório de tecnologia e criação) para promover a aprendizagem profissional de tecnologia, a evolução da criatividade e comunicação, cooperação e autonomia para meninas e jovens mulheres.
De acordo com o estudo da pesquisa The Network Skills in Latin America (Habilidades de Rede na América Latina), encomendada pela Cisco para a International Data Corporation -IDC (Corporação de Dados Internacionais – CDI), em 2019 houve uma escassez de 449 mil profissionais de TI, o que significa que não havia pessoas qualificadas suficientes para preencher vagas abertas de trabalho. O estudo também revelou que 15,3% das empresas não tinham mulheres em suas equipes que trabalham com redes e, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 5% das meninas estão procurando carreiras nas áreas de ciências da computação e engenharia.
Essa diferença de gênero destaca uma questão muito mais profunda, decorrente de um sistema educacional desigual.
No Brasil, as escolas públicas das regiões mais carentes tendem a oferecer um ensino de baixa qualidade e o sucesso escolar está fortemente atrelado à formação econômica, social e cultural de uma família. Por isso, o STEM Maker Lab atua em uma área com um dos piores índices de desempenho escolar de São Paulo, com renda em torno de 33% menor que a média em todo o país, e o desempenho acadêmico dos alunos do 5º ao 9º ano classificados como os piores da cidade.
O projeto oferece a meninas e jovens mulheres uma educação de qualidade que lhes permite igualdade de oportunidades e liberdade de escolha para entrar no mercado de trabalho como profissionais que podem se adaptar com sucesso aos desafios. Pelo programa, as meninas aprendem habilidades de engenharia mecânica, elétrica e de software, bem como ciências de dados. Além de adquirir essas habilidades difíceis, elas têm no STEM Maker Lab uma área onde também podem fomentar a criatividade, incentivar o empreendedorismo e aprender novas habilidades, que servirão como ferramentas para atingir seus objetivos profissionais pelo desenvolvimento de soft skills (competências sociais, emocionais e mentais ligadas à personalidade de cada pessoa) e do pensamento crítico que promovam a resiliência.
Além disso, o STEM Maker Lab oferece acesso a um laboratório para que as alunas possam aprender tecnologias avançadas em três ciclos distintos. Durante o primeiro ciclo, elas aprendem sobre empreendedorismo e são treinadas para usar ferramentas de design thinking. O segundo ciclo consiste em aprender por meio de módulos técnicos compostos por aprendizados específicos. Durante o terceiro ciclo, as alunas transformam seus conhecimentos adquiridos em prática. Ao final do programa, cada uma das jovens se reúne com empresas que buscam contratar jovens profissionais com habilidades digitais.
Os resultados são surpreendentes. Desde o seu lançamento, os dados do programa mostram que muitas ex-alunas da AFESU dobraram sua renda familiar. Em média, quatro pessoas por família viram um aumento de 92% na renda média após ingressarem no mercado de trabalho.
Na Fundação Caterpillar, acreditamos que criar caminhos para a educação e treinamento de mulheres irá capacitá-las a se tornarem agentes ativas de mudança. Ao investir em programas de desenvolvimento de mão-de-obra, estamos construindo não apenas um futuro mais forte, bem como mais resiliente.
A Caterpillar foi eleita a "Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil' em 2020, na categoria grande porte (com mais de 1.000 funcionários).
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